Após cair 26 pontos percentuais em julho, período seguinte aos protestos que tomaram as ruas do Brasil, o índice de aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff subiu nove pontos percentuais. É o que revela pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em colaboração com o Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira, 27 de setembro. O estudo indica que 541% da população aprova e 401% desaprova Dilma, enquanto 61% não têm opinião formada.
Em julho, o índice de aprovação pessoal do presidente era de 45% e a avaliação negativa chegou a 49%. Quanto ao governo, em julho, 31% dos entrevistados o consideraram bom ou excelente, 37% o consideraram regular e 13% o consideraram ruim ou péssimo. Naquela época, 1% dos entrevistados não sabiam ou não responderam à pesquisa.
Esse aspecto também melhorou em setembro. Segundo a pesquisa, 371% consideram o governo excelente, 391% consideram-no mediano, 221% consideram-no ruim ou péssimo, enquanto 11% dos entrevistados não sabiam ou não responderam à pesquisa.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A CNI/Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 142 cidades entre 14 e 17 de setembro.
Esta é a segunda pesquisa em setembro que mostra uma recuperação na popularidade do governo. No início deste mês, uma pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em conjunto com o instituto MDA mostrou que a aprovação de Dilma subiu de 49,31% para 58,1% entre julho e setembro.
“Em relação a julho, é natural notar o crescimento do governo em função das medidas que ele tomou neste período”, afirma Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa da CNI.
Entre os temas mais mencionados pelos entrevistados, a espionagem americana lidera a lista com 21% menções. Políticas e programas sociais foram lembrados por 19% e as manifestações, que em julho eram o tema mais citado, agora são lembradas por 14% do povo.
A saúde é a área pior avaliada. O estudo CNI/Ibope também mostra grande descontentamento da população em relação à saúde, área que apresentou maior desaprovação: no total, 77% dos entrevistados disseram desaprovar políticas e ações na área da saúde. Em relação a junho (período em que foi feito o último levantamento sobre áreas específicas do governo e em que houve manifestações por todo o Brasil), o descontentamento da população com a saúde subiu de 66% para 77%.
