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“Bolívia torna Mercosul muito mais forte”, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou nessa sexta-feira, 7, que a entrada da Bolívia no Mercosul vai tornar o bloco regional “muito mais forte”. Ela abriu por volta das 12h30, em Brasília, a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
“Muito nos honra que o Suriname tenha manifestado inte-resse em se tornar estado associado. Prosseguem discussões com o Equador com vistas a ingresso como membro pleno e saudamos com grande entusiasmo a decisão da Bolívia de dar início a um diálogo com oMercosul. Saudamos sua adesão ao Mercosul como estado-parte. A Bolívia torna o Mercosul muito mais forte”, afirmou Dilma.
Na reunião desta sexta, os países-membros do Mercosul vão discutir a entrada da Bolívia, do Equador e do Suriname no grupo. Atualmente, Equador e Bolívia são estados associados ao bloco, ao lado de Chile, Peru e Colômbia. Os membros plenos do grupo são Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela - o Paraguai está suspenso temporariamente porque o bloco não reconheceu como legítimo o impeachment sofrido pelo ex-presidente Fernando Lugo.
Em novembro, o presidente boliviano, Evo Morales, disse ser favorável ao ingresso de seu país noMercosul, mas afirmou que a Bolívia não pretende deixar o outro bloco econômico regional a que pertence, a Comunidade Andina de Nações (CAN).
Ao abrir a cúpula, Dilma deixou claro que apoia a entrada da Bolívia. "Eu queria em nome de todos os países dar as boas vindas ao nosso querido presidente Evo e a todo povo boliviano que, para nós, traz para o Mercosul uma cultura diversificada, cultura dos povos indígenas que muito nos orgu-lha. Evo, muito bem vindo."
Quando o Mercosul aprovou a entrada da Venezuela no grupo, houve críticas por parte de ex-presidentes e parlamentares de que o país comandado por Hugo Chávez poderia enfraquecer o bloco em razão de atitudes supostamente antidemocráticas, como fechamentos de jornais e emissoras que faziam oposição ao governo.