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CNI diz que Brasil e Mercosul se isolam do comércio mundial
Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou nesta terça-feira que o Brasil e seus parceiros do Mercosul ficarão "isolados" se não procurarem alternativas para assinar novos acordos comerciais, como fazem outras nações da América Latina.
O Brasil "corre o risco de perder mais espaço em seus mercados exportadores se não entrar totalmente no jogo mundial de buscar novas sociedades no comércio internacional", afirma um documento divulgado pela CNI.
O documento cita os acordos comerciais assinados recentemente no mundo e outros que estão em discussão e conclui que o Brasil e seus sócios do Mercosul, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai (atualmente suspenso) estão "à margem" dessas grandes discussões.
O CNI se refere particularmente à Aliança do Pacífico, que reúne o México, Colômbia, Peru e Chile, "países que juntos reúnem 35% do Produto Interno Bruto (PIB) latino-americano e 3% do comércio mundial".
O texto também cita de forma individualizada o Chile, que "tem preferências tarifárias com 62 países", Colômbia, "que as tem em 60 mercados", e o Peru, "com acesso preferencial a 52 mercados".
Além disso, a CNI diz que todos os países citados têm acordos de livre-comércio com os Estados Unidos e a União Europeia (UE) que não incluem o Brasil, que tem somente "22 acordos preferenciais, e em sua maioria de pouca relevância".